quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Raízes de Ébano


No balanço do samba, no toque do tambor,

há vozes antigas, ecos de esperança e dor. .

Mulheres de ébano, de raízes fundas no chão,

semeando cultura, em versos e canção.

Das mãos que pintam, aos pés que dançam,

trazem histórias, legados que alcançam

as cores da vida, o traço preciso,

a arte que cura, e resgata os sorrisos.

Forjaram a luta em cada criação,

na tela, na cena, no som, na canção.

São negras Marias, que o vento conduz,

bordando o Brasil com fios de ouro e luz.

Carregam Axé, poder que irradia,

em danças e palavras, moldam cada dia.

Dandaras e Conceições, vozes aclamadas,

que transformam o chão em terras encantadas.

É dona Ivone Lara, é Elza, é Clementina,

Jenyffer Nascimento,Elizandra Sousa,Maria Firmina, 

mulheres que brilham na rima fina.

São cantos e rezas, o sagrado e Ancestral,

arte que pulsa e move com força de vendaval.

Com coragem e alma, criam um universos,

desenham futuros, libertam por meio de seus versos.

Mulheres de luta, herdeiras da força,

no abraço e nas arte, a escrevivencia vence a corsa.

Assim, nos orgulham, as mães da nação,

suas vozes são trilhos, raiz e paixão.

Oh, negras de ébano, guardiãs da memória,

escrevem o Brasil nas linhas da história.

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